domingo, 20 de dezembro de 2009

A que ponto chegamos!!


Os educadores precisam chamar para si a responsabilidade de se fazerem respeitar como especialistas da Educação. Não permitir que lhes sejam transferidas as responsabilidades que cabem à família e ao próprio aluno. Como diz Içami Tiba: " A Educação se faz a seis mãos: duas da escola, duas da família e duas do aluno."
De que adianta a escola se empenhar, fazer tudo o que é possível e de que adianta os pais quererem, se muitos alunos não se interessam e não se esforçam o mínimo? Resultados aparecem para quem se esforça! O sucesso não cai do céu...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A Educação Brasileira em Questão

Os números sobre a educação brasileira, divulgados pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que colocam o Brasil em 54º lugar, entre os 57 países pesquisados, inquietam professores, alunos, famílias e a sociedade, de modo geral. Devem servir para se repensar o processo de ensino e de aprendizagem que é complexo e sobre seus resultados, muitas variáveis têm influência, dentre elas, vale destacar três, que estão interconectadas:
a)Comprometimento dos educadores
b)Motivação dos alunos
c)Participação e apoio das famílias.
Para que a aprendizagem aconteça, com sucesso, as escolas precisam contar com educadores comprometidos, que não meçam esforços no sentido de recriar suas estratégias de ensino, de construir subsídios didáticos adequados à realidade e nível de desenvolvimento de seus alunos e, sobretudo, ter a atitude de importar-se com aqueles alunos que não aprendem no mesmo ritmo da maioria. Precisam ter iniciativa junto aos serviços de apoio da escola e junto às famílias, mobilizando todos os esforços em busca de um único objetivo: o avanço progressivo na aprendizagem dos alunos.
Observa-se que há um descompasso entre o que a escola, os professores oferecem e as necessidades e estilos de aprendizagem dos alunos que integram esta nova geração que vive na denominada “sociedade do conhecimento”. No seu cotidiano, eles recebem estímulos diversificados e respondem a desafios próprios dessa era de modernidade, que não encontram ressonância nas salas de aula da maioria das escolas, mesmo aquelas que dispõem de recursos. Os recursos existem e muitas vezes os professores não estão capacitados para fazer uso deles, nem se mobilizam para querer aprender.
O professor precisa reconhecer e considerar os diferentes estilos de aprendizagem e adequar recursos didáticos para contempla-los:
Visual: fazer uso de gráficos, esquemas, resumos, mapas, ilustrações, cores( Uso de giz colorido no quadro) vídeos, links para pesquisa na internet, cartazes, murais,etc.
Auditivo: fazer uso de tons de voz diferenciados para abordar os assuntos, dando ênfases variadas para chamar a atenção, usar, como recursos de ilustração, letras de música, formas diferenciadas de áudio, leituras em voz alta, formas de mobilizar a atenção e o interesse.
Cinestésico: ( base em sensações ) - para aprender, o aluno precisa sair do plano da teoria e ir para a prática agir, fazer, sentir, manipular, (material concreto de todo tipo), realizar experiências, fazer associações dos conhecimentos com as situações do cotidiano...
É preciso cuidar para não se privilegiar unicamente os conteúdos conceituais e deixar lacunas em relação aos conteúdos procedimentais e atitudinais – é o saber fazer e o saber ser, base do sucesso profissional e pessoal de todo ser humano.
Por sua vez, os alunos precisam estar imbuídos do espírito de querer aprender, de importar-se com seu próprio desenvolvimento. Por melhores os métodos que se utilizem, por mais bem preparado que seja o professor, se o aluno não se comprometer com seu aprendizado, não se motivar para participar das aulas com interesse e vontade, os resultados não aparecerão. Lembremo-nos de que a motivação é um processo interno. Ninguém motiva ninguém. O que se pode fazer, isto sim, é provocar a motivação com estímulos qualificados e adequados e esse é o papel do professor.
Por fim, é fundamental o apoio das famílias às iniciativas da escola, acompanhando o desempenho dos filhos e exigindo uma perfórmance crescente.
Os resultados das avaliações do PISA, SAEB, ENEM que avaliam a educação básica do país, devem ser utilizados como instrumentos que suscitem análise, reflexão e elaboração de metas a serem alcançadas em cada instituição de ensino do país. Lembrando Deming “ Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia.” Portanto, é preciso analisar, estudar esses dados para que se entendam as causas e se possa gerenciar as metas elaboradas. E esse é um compromisso da escola, dos alunos e das famílias. É uma situação na qual o sucesso não se constrói unilateralmente. É um trabalho de equipe.

OBS.: Texto publicado no livro Educação 2009.

domingo, 21 de junho de 2009

É preciso que sejamos proativos, não reativos...

A proatividade é uma das competências mais exigidas na sociedade do século XXI, quer na realidade das empresas, quer nas escolas. As pessoas que conseguem se colocar e permanecer no mercado de trabalho são aquelas que pensam e agem proativamente. Se aparece a necessidade de mudança de hábitos, de comportamentos e atitudes, não se intimidam, nem desistem de aprender as novas formas de atuar. Lançam- se ao desafio com sede de aprender a fazer diferente do que sempre fez.
As empresas e escolas desta era de pósmodernidade são, como refere Michael Fullan "Organizações aprendentes", um espaço onde constantemente se ensina e se aprende. Ou essas instituições caminham com seu tempo e se inserem nas mudanças originadas pela evolução das ciências e das tecnologias de informação, ou ficarão à margem desta nova organização de sociedade que despontou e está posta aí, com mudanças vertiginosas em curto espaço de tempo e é nela que temos de viver, conviver e atuar.
É necessário internalizar as novas aprendizagens e buscar colocá-las em prática, com velocidade ímpar. Não há tempo para se ficar com incertezas se devemos nos lançar ao desafio de aprender ou não. Como diz Perrenoud "É preciso agir na urgência e decidir na incerteza".
Proatividade é pensar adiante, ter visão holística sobre as situações que se nos apresentam. Quem tem visão focada sai perdendo, sai atrás. É preciso amplitude de visão e imediatismo na ação.
Há sempre aqueles que, por se acovardarem diante da necessidade de mudar, optam pelo caminho mais simples: o da reação. Já que sentem medo, que não têm a humildade de se reconhecerem como seres inacabados, como refere Paulo Freire, preferem encontrar argumentos, os mais variados possíveis, para derrubar as ideias daqueles que estão buscando, incessantemente, a adesão à mudança.
Desqualificar, mostrar somente o lado negativo, amedrontar e desanimar... esses são os propósitos dos que têm medo de mudar o caminho, já tão conhecido, a que estavam acomodados; preferem reagir, vigorosamente, para que tudo permaneça e continue como está, por tempo indeterminado. O livro " Quem mexeu no meu queijo" espelha essa realidade.
Diante da necessidade de mudar, quando nos percebermos colocando impecilhos diante dos desafios propostas, é bom que nos indaguemos se não estamos formando fileira com a ala dos reativos.
Sejamos proativos e viveremos a experiência de ver que as portas se abrem e as oportunidades se apresentam para quem vai à luta, sem reservas.Aí, então, quando conseguir superar e vencer, você olhará para trás e dirá, para si mesmo, com orgulho: eu consegui! Hoje me sinto mais experiente, mais sábio, mais seguro no caminho que devo trilhar! Sinto-me incluído, participante da sociedade. Isso é cidadania!
Como disse Albert Einstein "A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original".

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A Vida é Repleta de Oportunidades

Há pessoas que lamentam seu atual estilo de vida e clamam, que assim estão, porque não têm oportunidades na vida. Será mesmo?
Penso que a vida nos brinda com várias oportunidades. O que acontece é que não nos preparamos o suficiente para agarrá-las. E, como diz o velho dito popular: a oportunidade se compara a um cavalo encilhado. Se ele passar à sua frente e você não estiver preparado para montar, outro vai montar logo ali, em seguida. Esta é a única verdade que existe: as oportunidades existem para aqueles que estão preparados. Por isso é preciso aperfeiçoar-se, aprender mais e mais, ler muito, estudar, desenvolver nosso talento o máximo que nos for possível, criar redes de relacionamentos construtivos, que nos impulsionem para o crescimento e que possam nos abrir portas no futuro.
Nada do que valha a pena na vida, se consegue sem muito esforço e estratégia. É preciso atirar-se à luta da construção pessoal, exercitando a auto-determinação, não permitindo que nada, nem ninguém nos desvie dos objetivos que queremos alcançar; exercitando o autocontrole emocional para não permitir que nossos sentimentos e emoções nos abalem, a tal ponto, que nos façam perder o ânimo, a vontade de seguir em frente. É preciso olhar para dentro de si e ver, com os olhos da alma, a força interior, a energia poderosa que Deus plantou no nosso interior e que está ali, apenas à espera de que vamos à fonte, beber dessa água que nos alimenta e nos faz tornar à vida com força, com vontade e ir muito além de onde achávamos que éramos capazes de ir. E como é bom poder, depois, olhar para trás e indagar-nos, admirados: Meu Deus, como eu consegui tudo isso?
Fique mais esperto e olhe ao redor com maior atenção. As oportunidades existem, sim. Prepare-se que elas o encontrarão, no tempo certo e esse tempo, não somos nós que escolhemos. Deus sabe o melhor tempo para a oportunidade nos abraçar.

domingo, 14 de junho de 2009

Em Busca da Excelência

A busca da excelência no que se faz exige muito mais do que apenas esforço; exige criatividade para transformar a realidade e fazer acontecer o que desejamos, mesmo sem as condições ideais; exige intuição, que buscamos dentro de nós mesmos, quando somos capazes e sensíveis o suficiente para escutarmos a voz do coração; exige inspiração e essa, vem do exercício da espiritualidade, da meditação constante, da capacidade de aquietar-se para, de repente, perceber aquele insigth que faz a diferença nos nossos projetos de vida.
Excelência, portanto, vai muito além da competência de se fazer bem feito; tem a ver com o jeito singular com que cada pessoa coloca seu dom em evidência. Podemos escolher a excelência ou a mediocridade. Aquilo que estivermos fazendo, hoje, pelo nosso aperfeioamento pessoal e profissional, vai determinar o nível de excelência de cada um de nós, amanhã.
Há pessoas que querem viver em berço esplêndido, não fazendo nenhum sacrifício pessoal, nenhuma renúncia em favor de seu crescimento, mas desejam ser reconhecidos como excelentes. Desejo sem ação, sabemos que é apenas uma ilusão. Se desejamos a excelência, precisamos nos dedicar integralmente na melhoria da nossa perfórmance e isso exige sim, sacrifícios e renúncias num dado momento, para se ter a recompensa, em seguida.
Quando vermos pessoas bem sucedidas na vida, é importante que nos indaguemos sobre quantas renúncias e sacrifícios pessoais essa pessoa deve ter feito para chegar até onde se encontra.
Se o caminho da excelência é o que desejamos, é bom descruzarmos os braços e aguçar a curiosidade para enxergarmos as oportunidades que a vida nos brinda a cada dia, para crescermos e nos desenvolvermos em direção à plenitude das nossas potencialidades.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Um Olhar Sensível...

Mostrar sensibilidade na forma de olhar o que nos circunda, na forma de sentir e compreender as pessoas e os fatos é algo não tão regular no comportamento das pessoas.
Algo me inquieta e me faz questionar: por que algumas pessoas passam, por exemplo, por um simples cartaz ou uma faixa com uma frase para reflexão e conseguem fazer uma leitura singular, achando um profundo sentido para aplicação na própria vida, enquanto outras passam, indiferentes, sem sequer notar, ler; outras ainda leem, mas acham uma banalidade?
Eis aí o que se pode chamar de Educação dos sentimentos, das emoções. Bene Catanante escreveu uma obra muito rica, interessante, chamada " Gestão do Ser Integral", onde procura discorrer sobre como integrar alma, coração e razão no trabalho e na vida. Também não foi à toa que o conhecido psiquiatra Augusto Cury escreveu outro de seus famosos livros, entitulado " Treinando a Emoção Para Ser Feliz".
J. Campbell afirmou que "NÓS NÃO NASCEMOS HUMANOS. NOS TORNAMOS HUMANOS”. Nesse mesmo sentido, Miguel Arroyo , na obra Ofício de Mestre(( 2000, p 53), diz algo semlehante:“Ninguém nasce feito. Nos fazemos, nos tornamos gente. Aprendemos a ser”
Eis nosso grande desafio: humanizarmo-nos, educar nosso olhar, nossos sentimentos, nossas emoções para ver além do óbvio, para enxergar além das aparências e ver um conteúdo que só aqueles que desenvolveram sua sensibilidade serão capazes de ver, só aqueles que têm o coração aberto serão capazes de sentir.
Outro dia, fui fazer uma palestra numa escola e a Equipe Diretiva havia preparado uma faixa com uma frase linda, cheia de significado, que me impactou logo que entrei no pátio da escola. Tive a ideia de, durante a palestra, perguntar aos educadores daquela escola, quem saberia me dizer a frase que estava escrita lá na faixa da entrada... sentenciei que ninguém da Equipe Diretiva poderia ajudar porque sabiam da frase. Foi triste constatar que quase ninguém lembrava da frase. E foi colocada lá para eles, para que lessem, refletissem e colocassem em prática. Mas sempre há aquele ou aqueles que têm a sensibilidade à flor da pele e conseguem fazer uma leitura duradoura, daquelas que se assimila, internaliza e fica guardada na mente e no coração. Esses são os que tiram lições importantes de tudo que veem, ouvem e vivem e certamente sua vida será mais plena de sentido, e é isso que traz a felicidade para as nossas vidas.
Fica um convite a todos nós que desejamos ser mais humanos: precisamos educar nossa sensibilidade, nosso olhar, nossos sentimentos e emoções para enxergar sentido na vida e nas experiências que Deus nos permite viver. Só assim é possível dizer que vivemos plenamente.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Ser resiliente é uma competência

Saber suportar os reveses da vida, as contradições, as nossas fraquezas humanas, os problemas de convivência, ser tolerante com os diferentes jeitos de ser das pessoas com as quais convivemos, é uma competência que precisa ser construída e reconstruída a cada dia, a cada momento, nas nossas vidas.
Toda a competência é composta de um conjunto de habilidades. Aprender a ser tolerante, exercitar o autocontrole emocional, o bom senso e o equilíbrio espiritual, buscar a paz através do encontro, do diálogo construtivo são habilidades que formam essa competência de saber suportar, ser resiliente, olhar para frente, respirar fundo e seguir adiante!
Como seres humanos em estágio evolutivo, precisamos aprender a desenvolver essas habilidades todas, para chegar a ser competentes em resiliência.
A educação do ser humano deve abranger todos esses aspectos, para que seja de fato, uma educação integral. Parafraseando Perrenoud, no contexto do século XXI, não há mais lugar para pessoas com "cabeças bem cheias" de conhecimento, apenas; precisamos de " cabeças bem feitas", de gente de atitude, de gente que sabe se educar, que sabe se construir!
Pense nisso e comece a exercitar sua capacidade de ser resiliente, mas lembre, isso é um processo e como todo processo, é lento e constante!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

É preciso que eduquemos nossos pensamentos...

Se analisarmos o tipo de pensamento que ocupa espaço na nossa mente, a maior parte do tempo, vamos nos dar conta de que sofremos do que o psiquiatra Augusto Cury chama de " Síndrome do Pensamento Acelerado", ou seja, sofrendo por antecipação, imaginando coisas que , nem sempre acontecem, do jeito que imaginamos. Interpretamos a realidade de acordo com nossos sentimentos de angústia, de ansiedade e, por isso mesmo, deturpamos essa realidade, criando monstros imaginários, por vezes. Depois que tudo passa, pensamos: nossa! Por que sofri tanto? Pensei que fosse tudo muito mais difícil!
É preciso que eduquemos nossos pensamentos, dominando nossas emoções e não deixando que um simples fato negativo ocorrido, prejudique nosso estado de espírito, estrague nosso final de semana... ficamos remoendo mágoas, imaginando o que, talvez , nunca venha acontecer, ou que nunca tenha acontecido, de fato. Mas nosso pensamento cria fantasmas.
Tendo consciência disso, fica mais fácil desenvolver o autocontrole emocional e tomar a decisão de dar um basta a esses sentimentos e pensamentos que, por vezes, estragam nosso dia e nossos relacionamentos.
Não permita que seus pensamentos o dominem. Ao contrário, mostre que você tem poder para dominá-los. Mostre a eles quem é que manda!
Vocês pode escolher sofrer, ou tocar a vida para frente com um novo entusiasmo e novas metas, aprendo lições com os erros que teve, mas nem por isso se condenando porque errou, ou assumindo o papel de vítima. Tome nas suas mãos o controle da sua própria vida! Só assim será possível vivem em paz!

sábado, 24 de janeiro de 2009

Cada novo dia na nossas vida....

Cada novo dia, em nossas vidas, deve ser:
um convite; um apelo;uma oportunidade. Um convite para recomeçarmos sempre; um apelo para fazermos escolhas que melhorem nossa vida; uma oportunidade para rever nossos erros, nossas fraquezas e traçarmos novas metas, novos planos para nos superar e vencer.
A tela da nossa vida terá a cor que nós dermos a ela. Não acredite em destino. Acredite na nossa capacidade, no infinito poder que Deus plantou no interior de cada um de nós, para usar de sabedoria, transformar a realidade e fazer nosso próprio caminho!
Cultive a auto-estima para enfrentar a vida com ânimo, força, coragem e abrir muitas chances de sucesso na sua vida. Como diz o ditado: as oportunidades existem e muitas, mas somente para aqueles que se preparam para poder usufruí-las merecidamente.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Aos meus colegas Educadores...

No ano que se foi, vivemos alguns momentos de muito êxito e outros de dificuldades que, por vezes, atingiram severamente nosso ânimo. Mas como diz Paulo Freire, como Educadores, somos semeadores da esperança e cabe-nos a tarefa de recobrar o ânimo, a alegria e a esperança na nossa missão. Não devemos deixar que nada, nem ninguém tenham poder de afetar, negativamente, por muito tempo, nossa vontade, nossa competência e nosso estado de espírito. Somos fortes. Somos competentes. Não estamos sozinhos. Deus caminha ao nosso lado, segurando nossa mão. Então, vamos em frente!
Neste novo ano que se coloca à nossa frente, teremos outros tantos desafios a vencer, seguramente. Cultivemos nossa força interior e nossa fé em Deus para que saiamos vitoriosos , no final de tudo. E Na nossa profissão de educadores, sejamos os veiculadores do entusiasmo e do apoio necessário para que nossos alunos possam atuar com a devida seriedade em busca de resultados de excelência. É uma forma de demonstrarmos nossa competência no ensinar e ajudá-los, de forma que sejam bem sucedidos nas provas que a vida tem para lhes testar.
Depende de cada um de nós, individualmente e do nosso esforço de equipe, como corpo de professores de nossas escolas, virar o jogo do desinteresse e da indisciplina de alguns alunos que nos impedem de alcançar, com eles, propósitos maiores. Vamos nos dar as mãos e mostrar o quanto vale a força de um coletivo!
Convido todos os educadores, colegas de profissão, para fazermos um pacto. Um pacto de resistência, de persistência, com uma vontade inabalável em busca de oferecer as melhores aulas que soubermos e pudermos oferecer, de preservar a disciplina, a ordem, a organização dos alunos em todas as situações de trabalho que iremos gerir... isso, depende de nós todos atuando em conjunto!
Somos conclamados a fazer das nossas escolas, locais de aprendizagem do que é ser humano, do que é aprender a aprender, do que é desenvolver competência para fazer frente aos desafios que a vida, lá fora, exige de nós e dos nossos alunos.E vamos, juntos, fortes e cheios de energia boa, segurar, firmes, nas mãos de Deus e mostrar do que somos capazes!
A educação é uma das formas mais seguras de promoção humana. E nós, como educadores, não podemos falhar na nossa missão, nem nos omitir. O futuro dessas crianças e jovens que estão aí, está nas nossas mãos. Vamos, com fé, alegria e entusiasmo, prestar um serviço relevante à nossa sociedade!

OLHA O TEU JARDIM...

"OLHA, em teu jardim, as rosas entreabertas e nunca as pétalas caídas;OBSERVA em teu caminho a distância vencida e nunca o que falte ainda;GUARDA do teu olhar os brilhos de alegria e nunca as névoas de tristezas;RETÉM da tua voz risadas e canções e nunca os teus gemidos;CONSERVA em teus ouvidos as palavras de amor e nunca as de ódio;GUARDA da tua face apenas as carícias, esquece as bofetadas; De teus lábios CONSERVA as mensagens bondosas, esquece as maldições;RELEMBRA com prazer as tuas escaladas, esquece o prazer fútil das descidas; CONTA e mostra as medalhas das tuas vitórias, esquece as cicatrizes das derrotas;OLHA de frente o sol que existe em tua vida, esquece a sombra que fica atrás;A flor que desabrocha é bem mais importante do que mil pétalas caídas;E só um olhar de amor pode levar consigo calor para aquecer muitos invernos;SEJA OTIMISTA...
E não te esqueças de que É NO FUNDO DA NOITE, SEM LUAR, QUE BRILHAM MUITO MAIS AS ESTRELAS!"

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Reflexões

Todo começo de ano é tempo de reflexão... tempo de delinear novos projetos, vislumbrar novos sonhos. É hora, também, de agradecer por tudo que se conseguiu realizar e pelas coisas boas que representaram motivo de alegrias e ânimo para persistir na caminhada....
É importante que nós, profissionais da educação, tenhamos sempre isto presente:

A vida lá fora é exigente. Precisamos estar preparados para aceitar o fato de que nem sempre sairemos vitoriosos do jeito que desejamos, no tempo que esperamos. Mas não podemos desistir. Precisamos insistir, lembrando do que nos disse o filósofo Confúcio: “ A honra não está em nunca cair. Mas em levantar-se toda vez que cair”.

Lembremo-nos sempre de que a oração é um recurso que devemos lançar mão a cada dia. Não só para pedir coisas, mas sobretudo, para agradecer por tantas bênçãos que Deus nos presenteou. Recebamos cada novo dia como uma nova oportunidade, uma nova chance para ser feliz, para fazer somente o que é bom e para o bem.

Não pensemos somente em nós mesmos. Quando tivermos oportunidade, ajudemos outros com os dons que recebemos de Deus, de graça. Quando subirmos os degraus da vida em busca do sucesso, olhemos para trás e para os lados para não subirmos sozinhos, nem ferirmos ninguém durante o percurso... sejamos capazes de estender a mão e ajudar quem precisa com aquilo que podemos. Lembremo-nos de que a vida vai nos dar de volta tudo que nela colocarmos. A letra da música “ Certas Coisas”, de Joge Trvisol faz-nos este alerta: “O que eu penso a respeito da vidaÉ que um dia ela vai perguntarO que é que eu fiz com meus sonhos?E qual foi o meu jeito de amar?O que eu é que eu deixei pras pessoas Que no mundo vão continuarPra que eu não tenha vivido a toaE que não seja tarde demais...”


Enfim, cabe este último conselho: que sejamos dedicados, exigentes conosco mesmos em busca da excelência em tudo que fizermos. Compreendamos que nada que valha a pena na vida se consegue sem muito esforço, sem abrir mão de algumas coisas, sem disciplinar nossa vontade. Sabemos o que fazer. Precisamos é acreditar que podemos, termos fé em Deus e em nossa capacidade e irmos ao mundo mostrar do que somos capazes! A felicidade é uma conquista pessoal...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Feliz Ano Novo!

2009! Eis aí mais um novo ano à nossa frente. Um desafio novo... um chamado à criatividade, ao inusitado; um convite à procura de nossa força interior como um verdadeiro tesouro a ser descoberto e partilhado com todos aqueles com quais convivemos. É hora de exigir mais de nós, da nossa capacidade de pensar, de sentir, de nos doar o máximo possível em busca da concretização dos nossos projetos e sonhos.
É hora de sinergia...de somar forças, de virar um estrategista na busca do alcance das metas a que nos propusemos.
Um convite insistente a todos aqueles que abrem a alma para o sonho e se atrevem a ir além de onde imaginavam que era o máximo possível: não deixemos que se desvaneçam as esperanças, nem que se arrefeçam os ânimos e o entusiasmo que nos fez erguer a taça na virada do ano de 2008 para 2009 e expressar os mais bonitos desejos de uma forma nova de se viver... Sejamos pessoas de atitude e vamos, todos, em busca de ser e de fazer tudo aquilo que desejamos e sonhamos para nós e para a comunidade da qual somos parte. Um feliz ano de 2009!

sábado, 10 de janeiro de 2009

Há que se estar atentos, despertos, vigilantes...

Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão. E não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.
Maiakovski (Georgia,1893 – Moscovo,1930)

Congresso Nacional Marista


Corpo Docente do Colégio Marista Sant´Ana, no 3º Congresso Nacional Marista... uma presença de significado!

Comunicação como ferramenta de gestão

Sabe-se que grande parte dos problemas enfrentados por muitas organizações educacionais tem suas causas primeiras em formas deficientes de comunicação entre líderes e liderados e, também, dos colaboradores entre si. Esse fato gera conseqüências negativas para o clima organizacional e, inegavelmente, ocasiona reflexos sobre o desempenho das pessoas que são responsáveis por gerar resultados.
Considerando-se a comunicação como uma importante ferramenta de gestão, é conveniente que se reflita sobre as inúmeras variáveis que interferem nesse processo interativo e que afetam forte e decisivamente as pessoas e as instituições como um todo.
Nesta reflexão, o foco recairá sobre algumas dessas variáveis interferentes:
a) Simplicidade no discurso -O bom comunicador precisa usar de simplicidade na forma de veicular sua mensagem. É uma estratégia que tem a ver com uma linguagem clara, adequada ao contexto social em que é veiculada; manifesta-se no trato simples, franco, dialogal, que permite alcançar, não só a inteligência, mas o coração e a vontade, ou seja, um discurso que motive e impulsione as pessoas à ação. Geralmente, quem tenta impressionar fazendo uso de vocabulário muito técnico, complexo, corre o risco de não ser compreendido e se as pessoas não souberem o que o comunicador deseja, o que espera delas, não haverá mobilização, envolvimento, adesão, comprometimento com a causa que se propõe. Portanto, deve haver clareza na fala, linguagem direta e associada à realidade do grupo para o qual se faz a comunicação.
b) Entusiasmo - Não se deve subestimar os efeitos da postura de um comunicador ao emitir uma mensagem. Um bom comunicador fala com o corpo, através dos gestos, da expressão fisionômica, do tom de voz, sobretudo, através do olhar. Uma pessoa que comunica uma notícia alegre, mas apresenta um semblante sério e um linguajar cheio de formalidades, não atinge o coração das pessoas. O fato de não se perceber coerência entre a mensagem veiculada e a expressão fisionômica, a postura corporal de quem a veicula, afeta o estado de espírito de quem recebe a informação.
Do mesmo modo, quando se vai comunicar uma situação de crise, o momento requer uma postura de seriedade, mas também de serenidade. Jamais se devem usar palavras ou evidenciar expressões fisionômicas que denotem sentimento derrotista, de medo ou desesperança. O estado de espírito de quem comunica contagia as demais pessoas.
c) Conviccção - O bom comunicador deve, também, mostrar-se convicto, acreditar, de fato, no que diz. As pessoas têm grande sensibilidade e forte intuição para perceber incoerências. Quem não conhece pessoas simples que se tornaram extraordinários comunicadores pelo simples fato de serem fortalecidos pela convicção que evidenciam no conteúdo dos seus discursos?
d) Postura na comunicação oral e escrita: questões a considerar - É muito importante que, durante uma comunicação verbal, a pessoa que emite a mensagem esteja atenta ao seu interlocutor, dirija-lhe o olhar. A comunicação visual faz com que as pessoas se sintam valorizadas e ajuda na percepção de reações que o conteúdo do discurso possa provocar nos ouvintes.
Se a comunicação for escrita, é preciso submetê-la a alguns testes, como dar o texto para duas pessoas lerem, sem nada explicar antes. A mensagem que é clara dispensa comentários. Se alguém levantar um ponto de dúvida, é possível deduzir que outros receptores possam, também, não compreender. Há que se reestruturar o texto. Comunicação é processo. Por isso, exige tempo, planejamento e avaliação para se mostrar o mais eficaz possível.
e) Orientação precisa, monitoramento e apoio aos colaboradores - Muitos dos conflitos que emergem nas organizações têm sua origem na forma deficiente de comunicação entre líder e liderados. São os denominados problemas resultantes da má comunicação. Às vezes, um funcionário realiza um trabalho de forma diferente daquela que é esperada, porque o gestor não foi claro na sua orientação. Omitiu detalhes que, para ele, conhecedor da idéia, era de importância secundária; no entanto, o receptor da mensagem, que ignora o que o gestor tem em mente, capta apenas parte da idéia, interpreta-a sob seu ponto de vista e executa conforme seu entendimento.
É necessário comunicar, com clareza, o que se espera dos colaboradores e ter certeza de que houve entendimento. Se o líder não souber orientar, avaliar, desafiar para atitudes de superação e oferecer suporte no processo de autodesenvolvimento de seus colaboradores, ficará comprometida a sua credibilidade. Essa intervenção exige sabedoria e habilidade para estimular o crescimento individual e coletivo, num ambiente colaborativo e não competitivo entre as pessoas.
f) Postura ética, transparência - É indispensável que se tenha extremo cuidado no sentido de se fazer circular informações corretas e plenas, sem meias palavras, sem resguardos, sem omissões. É preciso lembrar-se disto: o que não dizemos, os outros dizem, e nem sempre se preocupam com o modo como o dizem. É preferível que ouçam a verdade da fonte direta. As fontes indiretas são carregadas de subjetividades e intencionalidades.
A comunicação, indiscutivelmente, é uma forma de poder. Por meio dela é que se influenciam pessoas, mediam-se situações difíceis, resolvem-se problemas; é ela que nos permite expor nossas idéias e defendê-las, participar ativamente de deliberações, enfim, a comunicação nos permite conquistar espaços de ação e interação no meio social, familiar e do trabalho.
É, portanto, uma importante e decisiva estratégia de gestão que, se bem gerenciada, contribui para que a dinâmica das relações interpessoais sejam bem-sucedidas e o clima organizacional seja favorável ao desenvolvimento das pessoas e da organização como um todo. É um elemento que precisa constar como prioridade na agenda dos gestores, pois é preciso cuidar, com muito zelo, daquilo que se pode considerar a alma da organização: os processos de comunicação.
Disponível em:
http://www.idbrasil.org.br/drupal/?q=node/23381

Escola e família: uma parceria para dar certo

É recorrente a discussão sobre o papel dos pais e da escola na educação de crianças e jovens. Parece um assunto já exaurido no âmbito da teoria. Na prática, no entanto, há muito o que se realizar e cada qual tem um papel primordial e intransferível nesse processo de participação para a construção do conhecimento e para a formação de um modo geral.
O ponto conflitante parece ser os limites dessa participação. Até onde a escola pode e deve ir e como a família deve se posicionar, se envolver e participar para contribuir, efetivamente. Há limites e precauções que devem balizar essa relação.
É possível extrair algumas lições das aprendizagens construídas na prática do cotidiano escolar e importa ressaltá-las como forma de se socializar experiências:
1ª lição: papel dos gestores da instituiçãoA equipe de gestores deve preparar-se, permanentemente, para implementar diferentes estratégias de conquista da participação dos pais na escola para muito além do acompanhamento do desempenho escolar de seus filhos. Isso é, no mínimo, um dever do qual não se pode descuidar. Ressalta-se o envolvimento dos pais em outros tipos de atividades educativas e de socialização junto aos filhos, ao corpo docente e à equipe de gestores da escola: almoços de confraternização, reuniões por séries com palestras de filhos para pais, apresentando conhecimentos construídos no ambiente escolar; participação de pais em atividades pedagógicas aplicadas e coordenadas pelos filhos; enfim, propostas que envolvam sensibilização para a vivência dos valores elementares difundidos na e pela proposta pedagógica da instituiç&ati lde;o.
2ª lição: papel dos professoresInteirar-se e buscar compreender o real valor da atuação dos pais na escola, quando reivindicam medidas e ações para qualificar os processos. Pais não podem ser vistos como inimigos. Suas reivindicações precisam ser acolhidas como contribuições para melhoria da prática e não entendidas como ordens de quem quer mandar na escola. A construção desse outro tipo de olhar para a questão é primordial para que se promova um diálogo realmente construtivo entre pais e professores, sem prevenção de espíritos, sem antipatias ou quaisquer sentimentos que compliquem as relações e bloqueiem soluções inteligentes, promovendo mais desencontros e quebra de relações do que encontros, que é o objetivo primeiro da escola.
Indispensável se faz, também, que os pais venham para esse diálogo de espírito desprevenido, sem ataques verbais ou com tom de voz e expressões que denotem acusação certeira de erro cometido pelo professor ou gestor. Esse tipo de postura desencadeia reações negativas que, por vezes, inviabilizam qualquer tipo de entendimento e, ainda, os pais acabam, inconscientemente, passando uma mensagem aos filhos de falta de confiança na escola e em seus professores. Isso pode contribuir para abusos, por parte de certos alunos, no que tange a questões disciplinares e de respeito à autoridade escolar. Nessas circunstâncias, é imperioso manter o controle das emoções, exercitar a habilidade de escuta e busca de entendimento para o crescimento de todos. Isso é educação.
3ª lição: limites da participação dos pais na escolaNo meio educacional, somos todos sabedores de que há instâncias de participação dos pais na escola. Isso, no entanto, não está e precisa ficar muito claro aos pais pela equipe de gestores. Sugestões para melhoria dos processos deverão ser sempre bem-vindas. O problema emerge quando alguns pais se julgam no direito, porque pagam, de ditar normas, regras de convívio ou palpitar sobre como devem se desenvolver os processos pedagógicos e a organização curricular da escola. Aqui é a linha tênue. É onde, precisamente, devem-se construir os limites. Os educadores fizeram investimentos pessoais, ao longo de anos de estudos e preparação, para exercer a profissão com autoridade de quem entende do assunto. Eles sabem o que é adequado e viável pelos referenciais teórico-metodológicos que construíram e não por &l dquo;achismos” característicos do senso comum.
Reside aí a importância de os pais conhecerem bem a proposta educativa da escola antes de fazerem a opção pela mesma e confiar o suficiente para, diante de possíveis problemas que venham surgir, buscar sempre a verdade dos fatos, ouvindo os dois lados, comparando a versão do filho com a da escola para compreender o contexto em que os fatos aconteceram e fazer seus julgamentos pessoais.
Muitos pais ficam somente com a versão dos filhos e não investigam como se desenrolaram os fatos do ponto de vista da escola. É, justamente, dessa postura radical de só acreditar na versão dos filhos, que surgem problemas e conflitos difíceis de elucidar e resolver.
Indiscutivelmente, o diálogo aberto, honesto, entre pais, educadores e gestores é um desafio em qualquer organização educacional e a única via capaz de conduzir ao entendimento, à superação e ao crescimento.

Acertos e Erros na Educação dos Filhos

São dignos de admiração os sábios que criaram a “Escola de Pais do Brasil”, uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, políticos ou religiosos, que tem como finalidade específica contribuir para ajudar pais, futuros pais e educadores a se prepararem melhor para a tarefa de educar crianças e jovens, capacitando-os para que se desempenhem na vida com dignidade e com ânimo aberto. Na verdade, para todas as funções de relevância que as pessoas exercem nas instituições que formam a nossa sociedade, há a exigência de cursos de capacitação, de uma preparação específica para o exercício dessa função. É de se estranhar que para a instituição “Família”, uma das mais importantes, por se constituir na base de toda sociedade, não haja obrigatoriedade de curso algum que oriente, que ensine a ser pai, ser mãe. Pode-se afirmar, sem margens de erro, que uma sociedade retrata os valores praticados nas famílias que a compõem. E esse é um motivo suficientemente provocador para que haja uma preocupação maior em se ajudar na formação dos futuros pais e mães - primeiros educadores das nossas crianças.
Parece que existe uma cultura enraizada no imaginário da sociedade, de que as pessoas já nascem vocacionadas para serem pais, mães, devendo saber a receita perfeita sobre o que, como e quando fazer. Quando um filho erra, a primeira coisa que vem à tona são questionamentos sobre a educação que receberam, como se os pais tivessem a obrigação de acertar sempre; como se fossem, também, os únicos responsáveis pelos desvios dos filhos.
Quero manifestar, igualmente, minha admiração à Instituição “Amor Exigente”, que vem desempenhando um brilhante papel de apoio às famílias em busca da elevação do espírito e da educação das emoções, aspectos fundamentais nesse processo de educar e de se educar para a vida. Dentre os princípios que norteiam a caminhada das pessoas que integram esse grupo, quero destacar o 2º, que propõe a reflexão: “ Pais Também São Gente.” Como educadora e, sobretudo como mãe, também defendo essa tese propagada pelo “Amor Exigente”. Sim, somos humanos e como tais, precisamos ter consciência do nosso infinito potencial, da nossa força interior, mas também, reconhecer, sem culpas, que somos seres limitados, que não sabemos tudo, que não podemos tudo e que ninguém tem o direito de brincar de Deus e ficar apontando o dedo para criticar, julgar e condenar os erros alheios.
Cury ( 2003, p.83), com toda sua experiência como cientista e psiquiatra, ensina-nos uma grande lição sobre o erro ao afirmar que todas as pessoas erram. A diferença, no entanto, reside no fato de que a maioria usa os erros para se destruir e uma minoria, para se construir. Esses são os sábios! Não somos, nem nunca seremos perfeitos como pais, exatamente porque somos “gente”. Ninguém tem a receita certa para educar um filho. E numa família onde todos foram educados, não do mesmo jeito, pois sabemos que não é recomendável, mas com os mesmos princípios e valores que fundamentam nossas crenças sobre o bem, há aqueles que seguem, confiantes, pela vida e são bem sucedidos. Poderá haver, no entanto, aquele que se desvia da rota e tem de enfrentar as conseqüências. E por isso, sofre e faz os outros, que o amam, sofrer também. E aí? Os culpados são os pais? É óbvio que uma série de circunstâncias e fatores interferem no crescimento dos filhos, em função das amizades que vão escolhendo por livre vontade e pelas vivências que vão experimentando na companhia dessas amizades. O modo particular como cada filho irá construir-se como pessoa, a escolha e decisão de seguir os exemplos e ensinamentos dos pais ou não, será decisivo na construção de seu caráter. Essa particularidade vai depender, sempre, da vontade e da força interior de cada um. Os pais podem orientar, ensinar, incentivar, mas no final das contas, as escolhas e decisões são dos filhos.
Para os pais que sofrem porque se exigem demais e sentem-se culpados pelos “ possíveis” erros que tenham cometido na educação dos filhos, vale lembrar da afirmação do psiquiatra Augusto Cury, quando diz que o importante não é ser perfeito, nunca errar, mas construir ricas experiências a partir dos erros que se comete e ir fortalecendo nossa capacidade de resistir, de persistir e de insistir em busca do “ Ser Mais”. Isso é construir força interior. E para fazer o fechamento dessa reflexão, trago presente uma frase citada por esse psiquiatra e cientista, que durante 17 anos investigou o funcionamento da mente humana e as relações com as emoções e criou uma teoria: a Teoria Multifocal. Diz ele que “ Quando o mundo nos abandona, a solidão é até tolerável. Mas quando nós mesmos nos abandonamos, a solidão é quase insuportável”. Cury ( 2003, p.131)
Queridos Pais e Mães, nunca percam a esperança; nunca se abandonem diante das lutas da vida. Cultivem a fé em Deus e na capacidade própria de resistir, de superar e de se superar e mostrem, por atitudes, a grandeza de ser humano que vocês são. Essa será, indiscutivelmente, a melhor herança que vocês poderão deixar para os seus filhos. Mesmo que hoje eles não valorizem, estará, para sempre, registrado em suas mentes, o seu exemplo como um Pai, uma Mãe que não é o símbolo da perfeição, mas que é gente, que tem sentimentos, que acerta e, às vezes erra, sempre com a melhor das intenções, em busca do melhor para seus filhos. Enfim, um ser humano que tem sonhos e não desiste de ser feliz e de fazer de tudo para ajudar seus filhos a serem felizes também!
* Marisa Crivelaro da Silva é Mestre em Educação, pós graduada em psicopedagogia e docência do ensino superior, MBA em Gestão Educacional. Professora do curso de Pedagogia da PUCRS/Campus de Uruguaiana, Vice-Diretora e Coordenadora Pedagógica do Colégio Marista Sant´Ana/ Uruguaiana -RS
** Texto produzido para uma palestra ao Grupo do Amor Exigente - Uruguaiana/RS
Disponível em :
http://www.sinepe-rs.org.br/portal/index.php?psession=114&displaylang=pt_br&f_id_artigo=52&f_action=view

O valor da auto-estima na vida do Ser Humano

Auto-estima não é um estado de espírito, é um processo de estruturação da personalidade, que começa desde a primeira infância e se fundamenta nas crenças que vamos desenvolvendo sobre nossas potencialidades. Essas crenças são resultado do jeito como somos tratados pelos outros, das informações que vamos ouvindo sobre nosso desempenho na vida. Isso vai formando um auto-conceito, que tem implicações diretas sobre a estima própria de cada ser humano.
Para melhorar o nível de nossa auto-estima é preciso investir muito em exercícios de auto-conhecimento, para podermos controlar nossos impulsos e desenvolver resistência frente às inevitáveis frustrações que teremos de enfrentar na vida. A cada etapa vencida com sucesso, vai se fortalecendo em nós o senso de valor próprio, vamos construindo um auto-conceito positivo que nos faz acreditar que somos capazes de superar, de criar, de produzir, de ser útil, de construir relacionamentos estáveis e construtivos.
A partir do trabalho com o auto-conhecimento é possível conquistar um nível de equilíbrio saudável em relação às emoções e sentimentos que regulam nossa auto-estima. A pessoa precisa aprender a tomar consciência da forma como age e reage diante das circunstâncias que se lhe apresentam na vida. Dessa forma, vai desenvolvendo habilidades no sentido de exercitar o controle das próprias emoções, não se tornando escravo delas, mas, ao contrário, assumindo o comando dos próprios sentimentos e reações. Essa atitude de auto-controle exige um exercício permanente de perseverança, resistência e disciplina pessoal, que são resultado de uma vontade firme, forte, determinada.
Uma vida em plenitude, segundo POWELL(2001), deve sustentar-se nas relações intra e interpessoais que estabelecemos em nossa convivência diária e na nossa maneira de como vemos e interpretamos a realidade; daí emerge a atitude de pessimismo ou otimismo, desânimo ou entusiasmo que as pessoas assumem e revelam através de suas posturas. Segundo o autor, é essa visão que controla nosso nível de maior ou menor estima por nós mesmos; é essa visão que define a nossa qualidade de vida. Tem pessoas que conseguem sempre tirar lições positivas das piores situações que vivenciam. Isso tem a ver com esse padrão de referência que é a forma como interpretamos essas situações e circunstâncias.
Para nós, educadores, que trabalhamos com a educação do ser humano, o trabalho de desenvolvimento pessoal, de busca de uma auto-estima saudável e de um nível elevado de motivação, é condição sine qua non para que nosso desempenho, junto aos alunos, obtenha o sucesso que a sociedade espera de nós. Champagnat sempre alertou para o fato de que a vida inteira dos jovens depende da educação que recebem. E para educar bem, precisamos de professores motivados, com uma auto-estima bem desenvolvida e fortalecida permanentemente.
Lembremo-nos, por fim, que precisamos ter fé em Deus e em nossa capacidade de alcançar os progressos que necessitamos como seres humanos em constante evolução. Jesus Cristo reprovou a atitude de Pedro que não confiou em si e não teve fé, no episódio em que Jesus caminha sobre as águas (São Mateus cap.14). Os discípulos estavam num barco, lutando contra a forte tempestade, quando Jesus apareceu, andando sobre as águas do lago, chamado mar da Galiléia, em Israel. Os discípulos assustaram-se, pensando tratar-se de um fantasma. Jesus então lhes disse para confiarem e não terem medo. Quando Jesus mandou que Pedro caminhasse sobre as águas ao seu encontro, ele foi, mas se deixou dominar pelo medo e começou a afundar e pedir socorro. Então, Jesus o salvou e disse-lhe: “Homem fraco na fé, por que você duvidou?”. Confiemos mais em Deus e na nossa capacidade de superar todos os problemas e desafios que se apresentarem a nós e vamos enfrentá-los, de cabeça erguida; se nos acovardarmos, seguramente Deus ficará decepcionado conosco porque Ele nos disse: “Eu vos criei à minha imagem e semelhança”. Portanto, confiemos na nossa força interior, procuremos desenvolver uma auto-estima saudável, pois ela influenciará nosso comportamento, nossas atitudes e, seguramente, será determinante na conquista do nosso sucesso pessoal e profissional.

A Educação Brasileira em Questão

Os números sobre a educação brasileira, divulgados pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que colocam o Brasil em 54º lugar, entre os 57 países pesquisados, inquietam professores, alunos, famílias e a sociedade, de modo geral. Devem servir para se repensar o processo de ensino e de aprendizagem que é complexo e sobre seus resultados, muitas variáveis têm influência, dentre elas, vale destacar três, que estão interconectadas:

a)Comprometimento dos educadores
b)Motivação dos alunos
c)Participação e apoio das famílias.

Para que a aprendizagem aconteça, com sucesso, as escolas precisam contar com educadores comprometidos, que não meçam esforços no sentido de recriar suas estratégias de ensino, de construir subsídios didáticos adequados à realidade e nível de desenvolvimento de seus alunos e, sobretudo, ter a atitude de importar-se com aqueles alunos que não aprendem no mesmo ritmo da maioria. Precisam ter iniciativa junto aos serviços de apoio da escola e junto às famílias, mobilizando todos os esforços em busca de um único objetivo: o avanço progressivo na aprendizagem dos alunos.
Observa-se que há um descompasso entre o que a escola, os professores oferecem e as necessidades e estilos de aprendizagem dos alunos que integram esta nova geração que vive na denominada “sociedade do conhecimento”. No seu cotidiano, eles recebem estímulos diversificados e respondem a desafios próprios dessa era de modernidade, que não encontram ressonância nas salas de aula da maioria das escolas, mesmo aquelas que dispõem de recursos. Os recursos existem e muitas vezes os professores não estão capacitados para fazer uso deles, nem se mobilizam para querer aprender.
O professor precisa reconhecer e considerar os diferentes estilos de aprendizagem e adequar recursos didáticos para contempla-los:
Visual: fazer uso de gráficos, esquemas, resumos, mapas, ilustrações, cores( Uso de giz colorido no quadro) vídeos, links para pesquisa na internet, cartazes, murais,etc.
Auditivo: fazer uso de tons de voz diferenciados para abordar os assuntos, dando ênfases variadas para chamar a atenção, usar, como recursos de ilustração, letras de música, formas diferenciadas de áudio, leituras em voz alta, formas de mobilizar a atenção e o interesse.
Cinestésico: ( base em sensações ) - para aprender, o aluno precisa sair do plano da teoria e ir para a prática agir, fazer, sentir, manipular, (material concreto de todo tipo), realizar experiências, fazer associações dos conhecimentos com as situações do cotidiano...
É preciso cuidar para não se privilegiar unicamente os conteúdos conceituais e deixar lacunas em relação aos conteúdos procedimentais e atitudinais – é o saber fazer e o saber ser, base do sucesso profissional e pessoal de todo ser humano.
Por sua vez, os alunos precisam estar imbuídos do espírito de querer aprender, de importar-se com seu próprio desenvolvimento. Por melhores os métodos que se utilizem, por mais bem preparado que seja o professor, se o aluno não se comprometer com seu aprendizado, não se motivar para participar das aulas com interesse e vontade, os resultados não aparecerão. Lembremo-nos de que a motivação é um processo interno. Ninguém motiva ninguém. O que se pode fazer, isto sim, é provocar a motivação com estímulos qualificados e adequados e esse é o papel do professor.
Por fim, é fundamental o apoio das famílias às iniciativas da escola, acompanhando o desempenho dos filhos e exigindo uma perfórmance crescente.
Os resultados das avaliações do PISA, SAEB, ENEM que avaliam a educação básica do país, devem ser utilizados como instrumentos que suscitem análise, reflexão e elaboração de metas a serem alcançadas em cada instituição de ensino do país. Lembrando Deming “ Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia.” Portanto, é preciso analisar, estudar esses dados para que se entendam as causas e se possa gerenciar as metas elaboradas. E esse é um compromisso da escola, dos alunos e das famílias. É uma situação na qual o sucesso não se constrói unilateralmente. É um trabalho de equipe.

A universidade e a formação de profissionais para o século XXI

A universidade e a formação de profissionais para o século XXI
O ensino superior tem figurado no contexto social, e, de modo especial, nos meios de comunicação como tema polêmico e tem motivado uma série de questionamentos e reflexões sobre o papel da universidade na formação de profissionais habilitados a lidar com a complexidade dos desafios que emergem, a cada dia, na sociedade mutante deste novo século.
Quando uma pessoa faz uso de seu livre arbítrio para optar pela profissão que deseja seguir, deposita, no ensino superior, suas maiores esperanças de ir paulatinamente, construindo as habilidades indispensáveis que a tornarão competente para exercer a profissão de sua escolha e alcançar a tão almejada realização profissional.
É de conhecimento geral que o mercado de trabalho vem se mostrando cada vez mais exigente em qualquer área de atuação. Já não basta ter conhecimentos científicos elaborados e saber aplicá-los, de modo comum, do jeito que todo mundo faz. É preciso ir muito além, demonstrar criatividade para, a partir do que é comum, inventar um jeito próprio, diferente e inovar, fugir do que é tradicional, descobrir novos caminhos. E essa é uma aprendizagem que a universidade precisa desafiar seus acadêmicos a construir. Para isso, precisará vencer alguns limites, alargar horizontes e passar do ensino marcadamente teórico, acadêmico, para o ensino e a aprendizagem de conteúdos procedimentais e atitudinais.
Na concepção de Zabala (1999) a aprendizagem desse tipo de conteúdo implica em aprender a fazer, na prática, aquilo que se assimilou da teoria. Ora, bem se sabe que no mercado de trabalho, as organizações que geram empregabilidade procuram por um perfil específico de profissional, que, seguramente, não é aquele que apresenta maior grau de titulação. Mas é aquele que consegue ser capaz de demonstrar o que sabe, mas, em igual grau de importância, mostrar o que sabe fazer com os conhecimentos que construiu e, sobremaneira, o que demonstra ser, nas experiências e vivências que lhe são proporcionadas no ambiente da organização.
Seguindo essa linha de raciocínio, cabe uma indagação: - Como estão sendo trabalhados os conteúdos procedimentais e atitudinais nas nossas universidades? Certamente os conteúdos conceituais estão sendo, deveras, muito bem ensinados e elaborados. Mas isso, somente, não capacita os estudantes a exercerem a profissão escolhida, com chances de serem bem sucedidos.
Demo (1999), ao discorrer sobre os desafios modernos da educação, questiona de forma contundente, o papel da universidade, sobretudo, do professor universitário. Na sua concepção, a universidade não pode se constituir num campus repleto de salas de aula, mas num lugar onde se fomenta a produção própria qualitativa, o “saber-fazer” e não o seguimento de caminhos desvendados e trilhados por outros como mera cópia da produção alheia. Se é da prática que emerge a teoria, é com ela que os estudantes precisam ser desafiados a estabelecer vínculos concretos para, de fato, aprenderem a fazer.
A realidade concreta difere um pouco do que se apresenta na teoria. Ela nos surpreende com seus imprevistos, com suas peculiaridades, já que resulta de um processo vivo, dinâmico e, portanto, imprevisível. Nenhum padrão se adapta nesses contextos. E é por isso que nossos estudantes precisam fazer vivências que lhes permitam descobrir suas potencialidades e seu grau de limitações, podendo, assim, ir aparando arestas, aperfeiçoando métodos, processos, amadurecendo raciocínios, melhorando concepções sobre os padrões valorativos e ir transformando seus comportamentos e atitudes.
Isso é aprender. Demo (1999) sinaliza que educação deve significar, na sua essência, emancipação, ou seja, a possibilidade de se aprender a fazer com autonomia e condena aqueles professores que só socializam o conhecimento, passando informações sobre a matéria, denominando-os de “auleiros”. A crítica de Demo é mais aguda ainda, quando anuncia que: “Quem permanece no mero aprender, não sai da mediocridade, fazendo parte da sucata” (ibidem, p. 131).
O que, de fato o autor nos traz como ponto de reflexão é que a vida acadêmica precisa ultrapassar o âmbito do conhecimento teórico. Além da qualidade formal, técnica, tão igualmente imprescindível, é que nossos acadêmicos aprendam, no exercício da prática, como ser um profissional de excelência na sua área de atuação, preparando-se para lidar com as exigências de uma sociedade em contínuo e irreversível ritmo de mudança.
O aludido autor define a produtividade como a capacidade de pensar e intervir na realidade e alerta para o fato de que a universidade precisa preparar seus estudantes para consolidar essa competência nos espaços que vem surgindo no mundo moderno; ressalta que a formação desses sujeitos que irão atuar na sociedade moderna deve contemplar a “visão e ação sempre renovadas em termos de inovação científica e tecnológica, nas quais, capacidade laboratorial, experimental, é crucial” (1999, p. 132).
Há que se refletir, igualmente, sobre a importância de se trabalhar com os conteúdos atitudinais (normas, valores e atitudes). E não é conteúdo só para a Educação Básica, como se pensa comumente. É conteúdo de aprendizagem da universidade, sim. O processo de amadurecimento e evolução do ser humano não obedece ciclos específicos; ele é permanente, gradativo e acontece por meio da educação. Como formar um bom profissional se não cuidarmos da formação de suas atitudes? Não há como. É fazer trabalho pela metade.
Se a universidade almeja realizar um processo ensino-aprendizagem de relevância para o contexto social onde se insere, precisa pensar formas de capacitar seus educadores a trabalharem conteúdos atitudinais, não importando a área em que atuem. Os estudantes, futuros profissionais, precisam aprender que conviver num ambiente de trabalho implica em respeito a regras, em atitudes de cooperação e não de competição, em disciplinar a vontade para fazer escolhas que, a médio ou longo prazo, lhe trarão retornos satisfatórios; precisam aprender a desenvolver a inteligência emocional através do autoconhecimento, para construírem uma auto-estima saudável, que os ajude a superar seus próprios limites diante de situações-problemas que, inevitavelmente, terão de experimentar.
Para ser educador, é preciso, antes de qualquer coisa, entender de gente, buscar nos estudos da Psicologia os fundamentos para saber lidar com o comportamento humano; pesquisar e descobrir dinâmicas, textos, músicas, filmes e outros tantos meios que servem como ponto de partida para a discussão, reflexão, formação de conceitos e de atitudes em relação a esses conteúdos, tão necessários e tão valorizados na composição de um perfil de profissional para a sociedade do século XXI.
Conforme sugere Oliveira (1997, p. 17) “Devemos analisar as implicações de uma visão global da pessoa humana em seus aspectos racionais, afetivos e emocionais, pois precisamos nos livrar dos paradigmas despersonalizantes e puramente racionalistas pelos quais a pessoa humana não é tratada em sua globalidade, mas aparece como peça de uma engrenagem”.
A discussão sustentada até aqui, pretende servir como uma proposta de reflexão, de análise e, quem sabe, de possíveis planos coletivos e individuais de ação, em âmbito de universidade. Todos precisam chamar, para si, a responsabilidade de contribuir, de modo significativo, na formação de profissionais competentes no domínio do saber, do saber-fazer e do saber ser junto aos outros, abrindo possibilidades para uma convivência enriquecedora, de trocas salutares, inteligentes que contribuam para o crescimento das pessoas e das organizações.
Cabe, também, um chamamento aos estudantes da academia. É importante lembrar-lhes que cada escolha implica numa renúncia. E a escolha por ser um profissional que fará a diferença no mercado de trabalho, implica em empreender esforço próprio, não ficar à espera de que milagres aconteçam, tampouco “pegar carona” na vida dos outros, na dependência eterna da famigerada “cola”, ou pedindo para que acrescentem seu nome ao trabalho do qual sequer conhece o conteúdo. Dignidade, respeito pessoal e profissional se constrói desde o início da formação. Luft (2004, p. 107) defende uma tese interessante: “Acredito que viver é elaborar e criar: são inevitáveis as fatalidades, doença e morte. O resto - que é todo o vasto interior e exterior – eu mesma construo. Sou dona do meu destino. É mais cômodo queixar-se da sorte em lugar de rever minhas escolhas e melhorar meus projetos”.
É comum alguns estudantes encontrarem inúmeras justificativas para não fazerem bem feito aquilo que deles se exige. Essa postura, em nada lhes acrescenta. Os profissionais excelentes, aqueles que se destacam e são um referencial na sociedade, não se construíram assim por acaso ou por influência de qualquer traço de herança genética. Mas porque lutaram contra seu próprio desânimo, enfrentaram seus medos, construíram crença na sua capacidade, no poder divino que habita em seu interior e foram à luta, sem poupar-se, sem terem pena de si mesmos. Nesse sentido, é oportuno trazer presente o alerta de Luft (ibidem, p. 39) que vem reforçar essa reflexão: “Não é só culpa dos outros se ficamos truncados. Em cada estágio podemos colorir algum traço, algum ponto, alguma cor no projeto de quem pretendemos ser”.
Eis, pois, o importante desafio que se põe diante de educadores, de acadêmicos e da universidade, como um todo: empreender todos os esforços e reunir o máximo de entusiasmo, de desejo interior para saber mais, fazer melhor e trabalhar para fazer aflorar todas as potencialidades do ser, educando-se e colaborando na educação dos outros, para que todos se formem profissionais capazes de fazer a diferença, tornando-se necessários, imprescindíveis onde quer que atuem.

Bibliografia
DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir.
DEMO, Pedro. Desafios modernos da educação. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
LUFT, Lya. Perdas e ganhos. 19. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.
ZABALA, Antoni. Como trabalhar os conteúdos procedimentais em aula. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

DISCURSO PROFERIDO ÀS FORMANDAS DO CURSO DE PEDAGOGIA /2008

Queridas afilhadas, formandas do curso de Pedagogia – Séries Iniciais: numa poesia entitulada “ Encerrando Ciclos”, Fernando Pessoa, dentre tantas reflexões profundas e lindas sobre a vida, profere estas frases: “Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final... Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente adolescentes tardios...Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão...” E é chegada a hora de um novo tempo, de uma nova oportunidade nas vidas de vocês. Recebam-na de coração aberto... Que ela seja muito bem-vinda, Sim!
E se há uma lição que desejamos que tenham aprendido conosco, educadores Maristas desta universidade, é a lição da fé em Deus e na força interior de cada uma de vocês. Um conselho: mantenham-se movidas por uma teimosa esperança, uma poderosa vontade de vencer qualquer obstáculo que se colocar diante de vocês...

Aquelas que souberem resistir às frustrações inevitáveis da vida, que acreditarem que são capazes de ir além de onde julgaram que era o máximo possível, que agirem com esforço, entusiasmo e comprometimento, essas vencerão!!!

Que Deus possibilite a todas os desafios necessários, na função de educadoras, iluminando a sabedoria de cada uma, para superá-los, e tornarem-se, assim, sempre mais competentes. Mas sou sincera em dizer que a decisão de enfrentar a luta, de não se deixarem acomodar pelas circunstâncias desfavoráveis, é de cada uma de vocês. Lembrem que Deus nos dotou de livre arbítrio para escolher os caminhos pelos quais devemos andar. Ele poderá nos inspirar e fortalecer na luta, mas a escolha, a decisão de qual caminho seguir e de como agir, é responsabilidade absolutamente nossa. Tomar decisões sábias é uma questão de atitude. E o magistério gaúcho precisa da contribuição de profissionais de atitude. Então, minhas queridas afilhadas, vão lá, fora , e mostrem do que vocês são capazes. Nós lhes apontamos o caminho neste tempo em que estiveram conosco. A decisão de andar por ele é uma escolha que só vocês poderão fazer.
Continuaremos a rezar por todas, para que cumpram a missão que Deus lhes destinou e possam se realizar como pessoas e como profissionais. Vocês merecem isso!
Um grande abraço, com carinho e orgulho pelo que vocês se tornaram! Felicidades e Muito Obrigada!
Profa Marisa Crivelaro da Silva

Boas Vindas!

Este blog tem como proposta ser um espaço para reflexão acerca de temas ligados à educação do ser humano.É dedicado a profissionais que têm interesse pelo permanente autodesenvolvimento e fortalecimento de sua auto-estima.É feito para pessoas que acreditam na educação do ser humano, no seu infinito potencial e na sua capacidade de modificabilidade, como um ser capaz de crescer, amadurecer e se transformar.
Você está convidado ou convidada a freqüentar este espaço e contribuir com críticas e sugestões.
Meu e-mail para contato:criversil@gmail.com