quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Chamados Como Cristãos Leigos na Sociedade


Todo ser humano vem ao mundo com uma missão. E para nos dar pistas de como descobri-la e poder cumpri-la a contento, Deus nos capacitou com dons, aos quais muitos chamam de talento. Com esses dons, estamos capacitados para ter nosso sustento de vida e também para servir, com gratuidade. Entretanto, poucas são as pessoas que constroem essa consciência e aceitam o desafio de desenvolver sua espiritualidade e encontrar formas de colocar seus dons a serviço das pessoas, na sociedade.
            A parábola dos talentos, descrita no evangelho de S. Mateus, cap.25, faz uma analogia para mostrar o que acontece com as pessoas que são abençoadas com dons, talentos que receberam, de graça, e nada fazem para colocá-los a serviço do bem. Só os utilizam para lucrar. Outros, ainda, deixam seus dons adormecidos, não fazem absolutamente nada para se desenvolverem, aprenderem mais, com receio de serem solicitados a agir em benefícios de outros que precisam. Comodidade é o nome que se dá a essa atitude deliberada de não mostrar seus dons e passar pela vida como espectador, só recebendo e cobrando pelo que oferece. Uma das passagens da referida parábola retrata esse tipo de comportamento. O homem que recebeu um talento de seu senhor para multiplicar, ficou com receio de perder tudo e na hora de prestar contas, ser castigado. Então, saiu, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor e no prazo combinado, devolveu tudo, do jeitinho que tinha recebido, sem multiplicar um centavo sequer. E o seu senhor ficou indignado, chamando-o de servo mau e negligente, pois deveria ter trabalhado duro para fazer multiplicar aquele talento recebido e, ao voltar, devolver-lhe o que era seu, com juros.

            Temos um desafio muito pontual, enquanto leigos cristãos na sociedade: colocarmo-nos a serviço do bem, do que é bom e do que é belo, com os talentos que Deus nos abençoou. Posicionarmo-nos em defesa e proteção da vida, em quaisquer circunstâncias, e testemunhar da força transformadora do Amor de Deus na vida das pessoas e assim, estaremos, com certeza, multiplicando nossos talentos no cumprimento da nossa missão.

            Mt 5,13-16  traz a fala orientadora de Jesus aos seus discípulos, alertando-os para a missão sagrada do Cristão de ir para a sociedade e levar a Boa Nova: “Vocês são a luz do mundo. Ninguém acende uma lamparina para pôr debaixo de um cesto. Ao contrário, ela é colocada no lugar próprio para iluminar todos os que estão na casa. Assim também, a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai que está nos céus.” Um cuidado, porém, é muito importante: não interpretar de modo equivocado essa afirmação de Jesus e pensar que ser luz no mundo é querer aparecer, se exibir, se mostrar para glória própria, participar de atos,  promover eventos solidários,  oferecer-se  para ajudar, apenas com o intuito de aparecer, de se mostrar, de se vangloriar. Faz-se sempre em benefício próprio, para engrandecimento diante da sociedade. Diante de Deus, essas obras não têm valor nenhum, porque estão desprovidas do espírito de humildade e de verdadeiro espírito cristão que é o amor legítimo ao próximo.            

            Importante ressaltar que cada cristão, leigo, precisa voltar o olhar para dentro de si mesmo e se perguntar:

            - Como tenho contribuído, de forma gratuita, com os dons que recebi de Deus, na sociedade em que vivo e convivo? Encontro tempo e formas de me colocar a serviço para ajudar a melhorar o mundo onde estou vivendo, ajudar as pessoas a se tornarem melhores?

            -De que forma tenho testemunhado do Amor de Deus junto aos outros? Meu jeito de ser, de viver e de me relacionar fala do amor de Deus aos outros?

            - Já consegui descobrir qual é a minha missão nesse breve tempo de passagem pela terra? Inegavelmente, chegará o dia em que teremos de prestar contas ao criador sobre o que fizemos ou deixamos de fazer com os talentos que ele nos concedeu, gratuitamente, para contribuir na sociedade onde vivemos. Como temos procurado ajudar a melhorar o mundo e as pessoas que nele vivem? Temos colaborado como mediadores e motivadores junto às pessoas para  provocar o seu encontro com Jesus Cristo?

            Lembre sempre disto: você deve ser luz no mundo! Se você é uma boa cozinheira, um ótimo engenheiro, comunicador, pedreiro, professor, seja qual for o seu dom, Deus sempre vai colocar à sua frente uma oportunidade para servir, sem visar lucro. É importante que esteja vigilante para enxergar essas oportunidades. Mas também, não precisa ficar à espera da  hora aparecer. Como diz a letra da música,  “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Um Feliz Natal com Jesus no Coração!



         Convido a todos e todas, neste evento tão aguardado e celebrado no mundo todo, que é o Natal, para um momento de reflexão sobre o sentido desta data nas nossas vidas.
         Quando temos Deus presente em nosso coração, por meio da fé que alimentamos, temos nossa vida iluminada, nossa força interior potencializada para enfrentar e dar conta das dificuldades que a vida sempre irá nos apresentar. Não é o tamanho da nossa fé que nos livra dos problemas, pois a caminhada pela vida consiste em resolver problemas que surgirão sempre, a fim de evoluirmos espiritualmente e cognitivamente, mas também, a passagem por esta vida consiste no compromisso inarredável de buscar a felicidade plena nossa e dos que amamos. Os problemas não desaparecem para quem tem fé, mas o tamanho da nossa força interior, alimentada pela espiritualidade desenvolvida, pelo amor cultivado em Jesus Cristo, o personagem principal da festa de Natal, é o que nos fará vitoriosos no enfrentamento das lutas da vida.
         Em S. Mateus, cap.6, versículos de 31 a 33, temos uma clara recomendação, um conselho valioso que muitas vezes, não seguimos. Vivemos cheios de preocupações, de angústias com o que virá, com o que poderá acontecer, sofremos da síndrome do pensamento acelerado que o Psiquiatra Augusto Cury tão bem descreve na sua Teoria Multifocal. Se colocarmos em prática o conselho de S. Mateus, aumentaremos nossa paz de espírito e nossa confiança em Deus! 
     Eis o texto bíblico:

            "Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mateus-6:31-33

         Eis, pois, uma mensagem de Natal para reflexão nas famílias: que neste e em todos os eventos nos quais celebraremos, antes, bem antes da compra dos presentes materiais e dos elementos que comporão a ceia natalina, possamos reservar um tempo de qualidade para fazer da oração de gratidão e da entrega confiante das nossas famílias nas mãos de Deus, o nosso foco celebrativo do Natal. 
E que Jesus Cristo seja a principal estrela e seja devidamente reverenciado no palco dos nossos corações. Aí então, certamente teremos um FELIZ NATAL!


sábado, 28 de abril de 2012

O Processo de Mudança Exige Atitude e Olhar Diferenciados





* Por Marisa Crivelaro da silva


Mudar, inventar, reinventar... esses três verbos têm o poder de estruturar, inevitavelmente, todo o processo de formação do ser humano que inclui as etapas de nascer, crescer, amadurecer e desenvolver-se.

Em cada uma dessas etapas acontecem mudanças impressionantes, muitas delas, involuntárias, como, por exemplo, as mudanças do corpo físico. Já as que correspondem ao comportamento, às atitudes e à busca comprometida pela construção de conhecimentos relevantes para a própria formação, vai depender do tipo de educação que o ser humano recebe, das relações e interações que estabelece com o seu meio físico e social. A qualidade dessas relações e interações vai fazer muita diferença, agregando, ou não, na construção de uma escala de valores e de atitudes, que interferirá, decisivamente, na formação do caráter, da personalidade de cada pessoa.

Entretanto, é na quarta etapa que se estruturam os diferenciais efetivos de cada ser humano. Há muitas pessoas que nascem, crescem e amadurecem, naturalmente. Sem muitos esforços, bastando satisfazer suas necessidades básicas. E param por aí.

Agora, desenvolver-se vai exigir esforço adicional e renúncias consideráveis que nem todos estão dispostos a fazer. Exige passos além. Desenvolver-se é uma questão de opção, de escolha estratégica. Depende de se ter construído uma boa auto-estima e um alto nível de auto-motivação. Saber o que se quer da vida e colocar-se a caminho, cultivando a certeza de que na vida, no trabalho e nas relações de convivência há que se viver um processo de permanente mudança, reinvenção, sob pena de se cair numa rotina medíocre, que vicia e leva ao desencanto, à perda de energia, de entusiasmo e isso afeta, de modo frontal, a saúde das pessoas e o clima organizacional das instituições, que também tem implicações direta sobre a saúde dos trabalhadores.

Um artigo do memorável escritor Moacir Scliar, publicado no jornal Zero Hora, no dia 26/10/2010, alerta para uma necessidade premente a todo ser humano: “reinventar-se como profissional, como cônjuge, como pai ou mãe ou filho ou filha, reinventar-se como amigo, reinventar-se como cidadão ou cidadã, reinventar-se como pessoa”. E que significado tem o verbo reinventar-se no contexto da educação? Tem a ver com a atitude de se lançar um olhar diferenciado para o passado e para o futuro, simultaneamente, estabelecendo paralelos, observando as vertiginosas mudanças e compreendendo que aquilo que se fez e deu certo numa determinada época, gerou resultados animadores, no contexto da atualidade não serve mais, não convence mais, porque os tempos são outros, as gerações que estão protagonizando as mudanças aceleradas que se constatam, diariamente, construíram uma nova cultura, com novos hábitos, formas de pensar e de agir diferenciadas e estão a requerer novas formas de intervenção e de interação.

É preciso, então, reinventar processos, métodos, formas diferenciadas de mediação nos processos de ensino e de gestão das instituições que trabalham com a educação.Precisamos experimentar o processo de renovação propagado pela parábola da águia, que todos bem conhecem. E quem não tiver espírito aberto e disposição para construir novas aprendizagens, um novo jeito de fazer educação, sairá perdendo, seguramente; ficará em desvantagem nessa caminhada veloz, que não espera por ninguém, não dá tempo de lambuja para ninguém que se justifica sempre,dizendo que precisa de um tempo maior para se adaptar. Como diz a canção, “Vem vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Quem escolher acomodar-se e ficar para trás, deixará de conhecer o prazer de vencer desafios, de superar seus próprios limites para acompanhar e viver em plenitude nesse tempo novo; perderá a chance de conhecer o prazer de viver, trabalhar e aprender um novo jeito de ser Professor, de ser Gestor e correrá o risco de se tornar um profissional sem condições de manter reciprocidade com as crianças e jovens deste novo tempo, que aí está, exigindo um novo jeito de comunicação, de relacionamento e de mediação das aprendizagens que precisam construir. É a geração Y e Z.

Fica o convite: vamos nos desafiar a viver o processo de reinvenção cotidianamente e conhecer o delicioso sabor da superação, de nos reconhecer competentes por sermos capazes de viver novas experiências e fazer aflorar nosso potencial criativo e inovador. Isso é evoluir, crescer, amadurecer, desenvolver-se, transformar-se... Isso é viver em plenitude! Cabe relembrar o que afirmou Alvin Tofler, célebre escritor e futurista norte-americano: “O analfabeto do século XXI será aquele que não souber aprender, desaprender e reaprender”.



* Graduada em Letras, pós graduada em Psicopedagogia e em Docência do Ensino Superior, MBA em Gestão Educacional, MBA em Comportamento Organizacional, Mestre em Educação