sexta-feira, 29 de dezembro de 2017



Educação Integral: uma necessidade e um desafio para as instituições escolares

             Educação integral é um processo de formação do ser humano, que vai muito além do desenvolvimento cognitivo, do preparo acadêmico; trabalha com a formação humana e espiritual, com o cuidado com o corpo e com a mente, com o desenvolvimento da sensibilidade e com a construção de valores indispensáveis para guiar crianças e jovens no percurso do seu desenvolvimento e na construção do seu projeto de vida. Diante de cada situação que lhes exigir tomada de decisão será essa escala de valores, que a Família e a Escola ensinaram, que irá determinar e sustentar suas escolhas. Se alguma oferta lhes fizerem, por mais atrativa que possa ser, se ferirem esses valores, estarão preparados para dizer não. Será essa educação que os protegerá de fazerem escolhas equivocadas, que poderá lhes trazer consequências desastrosas, sofrimento e falta de paz de espírito, fazendo adoecer o corpo e a alma!
             Cada vez mais as novas gerações estão carecendo de um olhar sensível e cuidadoso no seu processo de formação. Precisamos de educadores líderes e de pais que inspirem comportamentos e atitudes pautadas pelos valores da ética, da cooperação, da elegância de comportamento em todas as ocasiões, do bom trato e humanidade nas relações interpessoais, do cultivo do amor e respeito à família e aos seus educadores.
   É preciso que os educadores estejam capacitados para tocar a sensibilidade das infâncias e juventudes, educar seus olhares para a contemplação e apreciação do que é bom e belo e para todas as atitudes que resultam em paz e harmonia. A Base Nacional Comum Curricular – BNCC, prevê, como dever das escolas, promoverem o desenvolvimento de competências socioemocionais, tais como liderança, cooperação, resolução de conflitos, resiliência, autodomínio, atitudes e valores para um relacionamento humano saudável e construtivo.
  Não há mais espaços neste novo século, para escolas que privilegiam somente a formação de competências e habilidades cognitivas, sob pena de se estar formando pessoas e profissionais incapazes de saber lidar, com inteligência e serenidade, com os problemas reais que a vida apresenta; incapazes de potencializar sua força interior para superar frustrações e seguir adiante na jornada da vida, sem derrotismos, desânimos ou desespero.
 No mundo profissional, as empresas estão buscando, cada vez mais, pessoas que tenham liderança sobre si mesmas, sobre suas emoções; que saibam trabalhar em equipe, saibam ativar sua criatividade, sua inteligência e sua força de vontade para resolver situações-problemas; saibam ser sociáveis, otimistas e bem  humoradas, que trabalhem com alegria, comprometimento, com resultados de qualidade e vivam relações interpessoais construtivas e saudáveis.
 No mercado de trabalho, ao se  contratar um profissional, tem-se muito em consideração o currículo apresentado e a sua competência técnica para a função. Mas o que vai mantê-lo em condições de empregabilidade na instituição são as suas competências e habilidades socioemocionais, reveladas na convivência diária.
 Eis por que um currículo escolar comprometido com a educação integral do ser humano faz toda a diferença no seu desenvolvimento  pessoal e profissional. Precisamos educar por inteiro! Há um pensamento que diz que um coração sem inteligência é um perigo. Mas uma inteligência sem coração é um desastre.
             


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