Os profissionais da educação precisam ter consciência de que a aprendizagem de qualquer criança ou jovem não se limita somente ao esforço pessoal de tentar focar a atenção e de querer aprender. Entram em cena, nesse processo, os estímulos externos para despertar a motivação. Cada aula que se vai desenvolver, deve ser preparada com a intencionalidade de torná-la o mais agradável e aproveitável possível. Além de se ter o pleno domínio do conteúdo acadêmico a ser ministrado, o processo de ensinar exige dos educadores estudo e entendimento da psicologia do desenvolvimento, bem como, saber de que forma se processa a aprendizagem em cada uma dessas fases da vida do ser humano. Por exemplo: estudos da Psicologia anunciam que se consegue manter a atenção concentrada de uma criança, diante de um mesmo tipo de estímulo, no máximo de 3 a 5 minutos por ano de idade, e se amplia, dependendo da faixa etária e maturidade. Esses conhecimentos devem inspirar nossa metodologia em aula para ajudar os estudantes a aprenderem melhor. Após determinado tempo de aula usando um tipo de estratégia metodológica, os educadores precisam alternar os estímulos didáticos, com o objetivo de manter o máximo de concentração ativa possível dos estudantes.
Outro conhecimento de primordial importância para a prática dos educadores vem da ciência da Neurolinguística e contribui, significativamente, para a gestão bem sucedida dos conteúdos; são os estilos de aprendizagem: visual, auditivo e cinestésico. Cada pessoa tem um jeito próprio de aprender e é mais, ou menos suscetível a certos estímulos externos. Para atender aos que têm um estilo mais visual de aprendizagem, recomenda-se que se apresente o conteúdo em gráficos, resumos, gravuras, giz colorido para destacar aspectos importantes, filmes, uso de flipchart; para os auditivos, deve-se lançar mão de recursos como músicas, construção de paródias, gravações, clips, contar histórias, fazendo analogias, contextualizações com o conteúdo, etc. Já para os Cinestésicos, muita aula prática, eles precisam manipular, construir, montar clips, buscar informações nos recursos da lousa interativa, produzir resumos, gráficos, esquemas sobre o conteúdo, construir e participar de jogos pedagógicos, etc.
Sabe-se que as turmas são heterogêneas e que se tem todos os estilos de aprendizagem juntos, numa sala de aula, nada mais sábio do que preparar aulas utilizando-se, a cada espaço-tempo, um recurso e uma metodologia diferenciada para ajudar os estudantes a aprenderem mais e melhor.
Importante ressaltar que é necessário haver, sempre, momentos de trabalho individual, de produção própria, e outros de produção coletiva para se fazer vivências de socialização, cooperação, espírito de equipe, liderança e respeito às diferenças. O educador precisa usar de criatividade e intencionalidade na preparação de suas aulas. Por mais experiência ou anos de trabalho que se tenha com uma determinada disciplina, a preparação prévia das aulas, com escolha de métodos apropriados é mais que um dever, é uma atitude ética diante do compromisso que tem, de ensinar pessoas que estão sob sua responsabilidade para aprender conhecimentos conceituais ( saber específico de cada disciplina), procedimentais ( o saber aplicar, relacionar esses conteúdos com as situações de vida) e atitudinais (demonstração de atitudes que revelem que o estudante domina esses conhecimentos e os põe em prática nas ações e interações cotidianas).
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